Mais do que ensinar a criar máquinas, a robótica estimula o trabalho em equipe, a proatividade e a persistência
É só pensar na palavra “robótica” que logo vem à mente a imagem de um robô ou um cenário futurista cheio de carros voadores. Na verdade, a robótica não está muito longe deste cenário, porém vai muito além. A robótica é hoje empregada nos mais diversos meios, desde as funções operárias até as mais cotidianas. Drones, braços robóticos, aspiradores autônomos, carros inteligentes e até o elevador envolvem robótica.
Afinal, a robótica é a integração das partes de uma máquina de modo a colocá-la em funcionamento com uma função pré-estabelecida. Muitos acreditam que seu início data de 310-250 a.C., com o desenvolvimento de equipamentos hidráulicos pelas mãos e ideias do inventor mecânico e filósofo Ctesibuis de Alexandria.
O robô e o imaginário
A construção de robôs e outras peças funcionais que envolvem robótica sempre habitaram o imaginário coletivo e os planos de cientistas. Desde o genial Leonardo Da Vinci, que desenvolveu um robô humanoide com peças de armadura em 1495 e um leão mecânico para entreter o rei da França, até o simpático Professor Pardal e seu Lampadinha. Em um passado mais recente, em 1950, o escritor de ficção científica Isaac Asimov popularizou o termo robótica em seu livro “Eu, Robô”, onde ele também citava as leis que regeriam os robôs no futuro. O livro foi adaptado para o cinema em 2004 e estrelado por Will Smith em uma aventura envolvendo as implicações das três leis criadas por Asimov.
Robótica na Educação
Na educação, porém, a robótica só foi introduzida na década de 1960 pelo cientista Saymourt Papert, do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT). A intenção do cientista era direcionar seu trabalho ao desenvolvimento de programas que fortalecessem as atividades intelectuais nas crianças.
A robótica é hoje uma disciplina extracurricular que oferece não apenas as condições técnicas de aprendizagem e execução, mas também auxilia o aluno a refletir sobre a viabilidade de um projeto e a trabalhar em grupo. O professor atua como mediador, auxiliando os alunos em suas criações. “A robótica consegue fazer essa ponte entre as disciplinas. É possível, em uma aula de biologia, estudar o movimento das aranhas, por exemplo. Para isso, os alunos constroem um robô que vai reproduzir o movimento do animal utilizando a matemática. É atrativo, ele vai ver o movimento, não só imaginar”, explica Flavio Tonidandel, coordenador da Olimpíada Brasileira de Robótica (OBR), oferecida pelo governo federal, em entrevista publicada no portal Terra Educação (03/05/2014).
Como foi possível verificar, os benefícios da robótica são muitos para educação e formação de uma nova geração de nascidos digitais em um mundo conectado, não é mesmo? Se você já realizou ou está trabalhando em algum projeto que envolve robótica na sua escola, compartilhe sua experiência com a gente nos comentários!